Texto idiota20

Eu sou Rilton Vianna ou simplesmente RILTON. Tenho 20 anos e nasci em Aguiar, já ouviu falar?Mas já não moro mais por lá.


Levo uma vida idiota embora vários idiotas me digam que outros idiotas queriam ter essa minha vida idiota, como se eu não soubesse que esses idiotas que vêm me dar conselhos idiotas também levam uma vida idiota e também ouvem vários idiotas mais idiotas do que eles dizerem que outros idiotas queriam ter suas vidas idiotas.

Como tudo isso é idiota, não? Eu acho.


Minha vida é idiota, mas eu não desejo e espero não desejar a vida de outros idiotas pouco menos idiotas do que a minha. Afinal, eu me transformaria num conselho idiota na boca de outros idiotas que certamente me dariam a outros idiotas.


Rilton Vianna







terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Paz?



Não meus caros, este NÃO é um blog jornalístico. Mas o assunto do qual vou tratar se fez tão sério, que provocou em mim inspiração quase poética. E como eu estou aqui para falar do que sinto, também estou aberto a falar do que não entendo ou aprovo.

Como todos sabem, pois está no texto de saudação do blog, minha cidade natal felizmente ou infelizmente é Aguiar, no sertão da Paraíba. Mas, antes de continuar,  peço-lhes que abandonem essa ideia de cidadezinha  pacata que deve ter sido projetada em suas mentes, pois eu devo lhes dizer ( mesmo contrariando Belchior ) que as aparências, às vezes, enganam. Neste caso,  então... LUDIBRIAM!

Não é de hoje e nem de pouco tempo que pessoas morrerem e matarem aqui é o que faz  nossa cidade ser famosa no vale e até mesmo no estado.
Enquanto cidades vizinhas se destacam por esportes, ou qualquer outra coisa decente, nós somos a lendária cidade da violência.

Eu falei 'lendária'? Desculpe, foi um engano cruel. Pois, segundo o léxico, a palavra "lenda" significa :

"Narração escrita ou oral, de caráter maravilhoso, na qual os fatos históricos são deformados pela imaginação popular ou pela imaginação poética"

E aqui não tem nada de imaginário, não! a cada 5 cidadãos aguienses, 3 já foram testemunhas oculares de crimes que são cometidos em praça pública. Não duvide, ainda, se eu disser que as crianças crescem com uma única certeza :  a de que nasceram num lugar onde tudo é permitido e ninguém é punido. 
E a única coisa que se faz poética nisso tudo é a dor angustiante trazida pelo sentimento de perda residente no peito de cada família.

Não pensem que estou aqui para fazer apelos. Afinal, apelar para quem? Para a polícia? Ou para aqueles que sequer respeitam uma época como esta, em as pessoas se confraternizam, recebem seus entes que estavam distantes e festejam a vinda do ano novo?

Não, eu não perderia meu tempo. A tradição mór daqui não é natalina nem celebrativa. 

É por aqui que termino desejando um próspero 2011 para todos os aguiaenses. Desejar paz seria um tanto inútil, mas desejo, de coração, que Deus conforte todas as dores que nesse momento pairam sobre nossa cidade. 

RiltonVianna





segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Avesso


Você alguma vez já se sentiu pelo avesso?

Contrariado pelas próprias vontades e pela vontade dos outros? 

Um conflito incrível entre querer e poder...

Já sentiu vontade de estar em dois lugares ao mesmo tempo?

De fazer dois corpos ocuparem um só espaço?

De estar dos dois lados da ponte?

Isso me tira o sono, mas eu sonho tanto acordado, que, às vezes, nem sinto necessidade de dormir...

@RiiltonVianna



domingo, 12 de dezembro de 2010

O tempo afasta.



Foi o primeiro pensamento que me veio à cabeça durante uma 'aula da saudade' de uma turma de alunos que está prestes a sair do ensino fundamental e ingressar em um novo rumo na vida educacional.

Vendo todos reunidos, felizes, íntimos... Foi como estar do outro lado da história de novo... 

Nessa época, não temos maturidade o suficiente pra saber o quanto as coisas mudarão e o quanto nossos amigos e colegas se afastarão de nós... Encontrarão outros caminhos, outras pessoas. Estarão ocupados demais com um universo novo que se fez de repente em suas vidas. 

Seja a mudança de colégio, de cidade, não importa... Com o tempo, 90% dos colegas de classe se tornarão estranhos. A intimidade tamanha que havia, será reduzida a um mero 'oi' no MSN (que, provavelmente, já estará extinto) ou nas raras vezes que vierem a se encontrar.

E isso soa de uma forma tão triste, que nem parece verdade. 

Então você começa a se lembrar daqueles tempos de quando eram todos desconhecidos em uma escola estranha, e que, com o tempo, foram se aproximando. E, enquanto o tempo passava, dia após dia, nas intermináveis aulas de inglês ou de matemática, um laço começava a ser construído. 

*As discussões sobre em que casa seria feito o trabalho em grupo;
*Os comentários sobre o professor ruim, bom, novo, etc.;
*Os apelidos engraçados que te puseram e que você também pôs;
*As festinhas;
*As viagens;

Tantas coisas boas que, de maneira alguma, poderiam ser deixadas pra trás e que deveriam exercer um poder enorme que impedisse que a turma se afastasse...

Mas o tempo que une é o mesmo que separa. 

Então eu me pergunto se valeu a pena viver tudo isso. 

Busquem sempre uns aos outros, pois, mesmo sendo o tempo muito forte, não há inimigo invencível quando há boa munição nas mãos de bons soldados. E ainda não inventaram arma mais poderosa que o sentimento de amizade e cumplicidade, nem soldados mais fortes que os nossos amigos. 

A saudade só vai existir se dermos tempo para que ela nasça.

RiltonVianna

Ao 9º ano da Escola Vitória Régia - Cajazeiras - PB

domingo, 5 de dezembro de 2010

No sense



E me falava coisas que me deixavam tonto, atento, ciumento... Enquanto a noite passava tão devagar quanto um dia de domingo.
E tudo era tão interessante que não chegava a fazer sentido algum.


Na verdade, era o seu silêncio. Era o seu silêncio o tempo todo.
Nada me dizia, nem sequer me olhava.

O que me deixava tonto, atento e ciumento era o seu jeito de olhar para o que quer que fosse...
Nem me notava. Como se eu não oferecesse perigo algum que merecesse alguma atenção.

E era interessante pra mim gravar tudo aquilo na minha memória.
Mesmo não me fazendo bem, mesmo não me tendo retorno algum, mesmo não fazendo qualquer sentido.

Mas o sentido e eu ...

Nunca fomos apresentados, pra ser honesto...

RiltonVianna

terça-feira, 9 de novembro de 2010

As estrelas que podíamos tocar.


Gosto quando você me olha daquele jeito, como se o mundo fosse um lugar bom... Você me olha e me enxerga muito além dos defeitos, como se soubesse que é nisso que sou bom... Sendo errado, sendo culpado, sendo até mesmo sujo, desequilibrado... 

E aí eu te olho desse meu jeito meio torto, meio de quem ainda não sabe que o mundo é, de fato, um lugar bom. Não te compreendo, mas entendo, um defeito ou outro... E nem preciso confessar que não é bem nisso que sou bom. Sou ciumento, possessivo, implacável, insensível, exigente, mas, adorável...

E aí a gente procura não se olhar tanto, como se fosse possível tirarmos os olhos um do outro.
E olhamos pro céu, falamos das estrelas, comentamos isso ou aquilo da lua... Mas, de repente, olhar um pro outro, além de inevitável, é mais interessante. Mais imenso, mais brilhante, mais apaixonante...

E aí voltamos a nos olhar, como se não tivéssemos mais nada de bom pra fazer, quando. na verdade, tínhamos. 

Eramos as estrelas que podíamos tocar. 

Eramos o sonho um do outro, um sonho que estava ali ao nosso alcance, no esticar de um braço.

E o mundo, enquanto nos olhávamos, parecia ser um lugar bom...

@RiltonVianna

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Quando tudo isso passar...


Quando essa tristeza passar, espero realmente que reste algo de bom em mim.
Algo de bom pra lembrar, pra falar, pra guardar...


Quando essa tristeza passar, espero realmente recuperar a sede pela vitória. Que me restem forças, nem que sejam estas provenientes da ambição, e que ao menos me reste ambição...

Quando eu levantar minha cabeça mais uma vez, espero que nenhum dos meus problemas tenham desaparecido, para que eu possa ter mais uma vez a chance de vencer por méritos próprios.


Que os 'amigos' que deixei pra trás ainda estejam atrás, porque os verdadeiros amigos jamais se separam. Quando isso acontece, dos dois um : ou morte os separou, ou a decepção.


Quando tudo isso passar, que eu continue não voltando atrás nas minhas palavras, porque isso me ajuda a não ser injusto comigo mesmo.


Que aqueles que um dia me apontaram os dedos ainda permaneçam diante de mim com seus dedos estendidos, porque não pretendo parar de ser seu alvo. Se isso acontecer, dos dois um : ou terei morrido, ou terei me calado. E nenhuma das duas ideias me agrada.


RiltonVianna


domingo, 3 de outubro de 2010


Não usarei o 'talvez', porque tudo o que fiz e falei foi concreto.
Pedir desculpas só iria lembrar-lhes de tudo o que eu havia feito de errado.

Mas se querem saber como estou, estou pequeno, estou rente ao chão. 
Eu me sinto como vocês, mas ainda pior, porque sou o causador da minha própria dor e da de todos aqueles que amo.

Eu, que sou bom em falar, falei até demais. Tanto que não me restou palavra alguma para dizer o quanto sinto por tudo isso. 

E provavelmente agora vocês estejam dizendo que "é muito fácil pedir desculpas" depois que se faz besteira, mas ainda não inventaram uma outra forma de dizer para as pessoas queridas o quanto sentimos por fazê-las sofrer e até chorar...

Lágrimas e palavras não voltam atrás. O mundo se desconsertaria se fosse possível... 

Mas eu quero que saibam que estou não só arrependido, como profundamente magoado comigo mesmo. Talvez eu me afaste... Mas será pro seu próprio bem. 

Se é que eu sei o que é bom pra vocês... não é mesmo?

RiltonVianna

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Infelizes para sempre




Vamos ser infelizes juntos?

Ter um belo primeiro bimestre de amor, sair nos finais de semana com os amigos e fingir que eles não existem?
Vamos dormir mais cedo (porque, se um não está no online, o outro não tem o que fazer na internet)?
Vamos ver filmes de amor de mãos dadas e trocar beijinhos enquanto os amigos estão fazendo guerra de pipoca...?
E que tal se nós dormíssemos de conchinha numa noite de chuva? Seria legal, não?
Poderíamos ver fotos da nossa infância  e rirmos de nós mesmos.
Falar de nossos "sogros", "cunhados", etc...
Falar de um futuro tão escuro quanto um céu em noites de tempestade...
Podemos também ter uma música só nossa, pra lembrarmos e chorarmos quando estivermos longe um do outro...

Depois de tudo isso, podemos, então, arranjar um motivo qualquer para nos separarmos de vez, nos ofendermos, nos machucarmos e, enfim, nos odiarmos. 
Criaremos uma guerra entre nós. 
Mas uma guerra silenciosa, interna... 
Os nossos amigos devem pensar que tudo terminou bem e que nos esquecemos. 
E, no fim, é exatamente este o troféu de quem vence : ESQUECER

A guerra continuará só para um de nós. Uma guerra de um contra seus próprios sentimentos...

RiltonVianna


quarta-feira, 11 de agosto de 2010



Essa calmaria me assusta. 
Essa falta de tristeza , de problemas, de angústias...

É que, pra quem já passou por diversas coisas, essa trégua é um tanto estranha. 

Eu tenho dormido bem, comido bem... Essas coisas que pessoas felizes fazem, entende?

Por outro lado, é meio tenso não ter com quem se preocupar, com quem falar no telefone de madrugada. 

O preço de estar despreocupado é estar sozinho.


                                                                    Rilton Vianna



terça-feira, 27 de julho de 2010


Às vezes, me sinto só.
Nesses momentos em que a gente olha pra nossa vida e vê que tem algo de errado. 

Às vezes, fecho os olhos e fico quietinho, procurando um motivo forte o suficiente pra me convencer quando, enfim, chegar minha hora de partir de que a minha vida tenha valido a pena.

Como eu poderia me sentir, já que, de fato, estou mesmo só? 
No fim do dia -  e no começo de cada um deles - , me encontro sozinho...
E isso dói pra quem vê importância em ter alguém do lado pra dividir cada vão momento...


Foram algumas tentativas que resultaram em fracasso e destroço emocional.
Pessoas que passaram e simplesmente passaram. 

E mais dor do que as pessoas que passaram por mim, me causam aquelas que ainda não chegaram a passar, pois já estou em absurda impaciência à sua espera. 
Estou pronto pra ser feliz... Acho que já estou é passando do ponto...

E, por mais que me machuquem, daqui pra frente, sei que, no fim de tudo, ainda terei algo de bom guardado pra fazer o MEU AMOR tão feliz quanto estiver me fazendo...


Preciso de alguém que me sussurre ao ouvido palavras que me tragam sossego ao espírito.
Que durma e acorde abraçado comigo.
Que precise e seja totalmente dependente dos meus conselhos e carícias.
Que me entenda num olhar, me poupando, assim, de perguntas...
Que simplesmente me abrace quando eu estiver transbordando de insegurança...


Preciso de alguém como eu, e totalmente diferente de mim.


Rilton Vianna

segunda-feira, 26 de julho de 2010



Estava escuro, mas eu sabia que era você.
Ainda não aprendi a te desconhecer por completo... 
Mas você não me conhece mais, não é?
Isso porque as embalagens mudam, mas os produtos continuam iguais...

Eu passei de cabeça baixa, sim... Tenho andado meio triste ultimamente, inquieto, ansioso...

Calma... Não é nada de grave...

Eu só estou tentando mudar um pouco a minha cabeça... Olhar um pouco mais pra dentro de mim e, desta vez, com mais cuidado, pois, toda vez em que eu achei que já estava sabendo me cuidar sozinho, eu permiti que grandes danos fossem causados a mim mesmo, e agora estou tentando me curar, porque os danos estão sendo cada vez mais frequentes, e eu não suportarei muito tempo, caso eu não me recupere de cada um deles antes da chegada dos próximos. 

Eu preciso desligar agora. 

Está tarde, e eu não tenho planos de fazer com que você sinta o que sinto agora. Nem sou tão competente.

Rilton Vianna

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Feito água




Eu vi o amor escorrendo feito água.

Descia ladeira abaixo violentamente.
 Não encontrei meios para contê-lo, então ele passou...

Inundou.
Invadiu.
Ele viu
Se afogou

E o amor não parou.

Até hoje, não se sabe como contê-lo.

E eu ?

Continuo não sabendo nadar...

Rilton Vianna


domingo, 18 de julho de 2010


-->
Tua boca tão minha, tão longe, tão linda...

Ah! Que boca...

Que forma o teu sorriso, que logo me provoca um sorriso.

Esse sorriso que vem da tua boca, que ainda não beijou minha boca, que permanece sorrindo para o seu sorriso...

Rilton Vianna

quarta-feira, 14 de julho de 2010



Tenho medo de ir e não saber voltar
 Medo de não voltar por não saber onde ir
 Não sei se me perdi ou se pretendo me encontrar
 Não sei mais se é bom voltar ou deixar partir


De qualquer jeito é sofrimento
 E sofrimento por sofrimento fica tudo como está
 De qualquer jeito é ressentimento
 E a solução que nada resolve é mesmo chorar


Então por que ir embora
 Se ficando aqui será igual?
 Não sofre mais aquele que mais chora
 E o meio não é tão diferente do final



Dor por dor também está doendo agora

Nem sempre acaba quando alguém vai embora

Nem sempre é feliz aquele que não faz o mal. 

Rilton Vianna

quinta-feira, 8 de julho de 2010




Sabe, querida... Não deixe que esses amores calem o sorriso que todos elogiam. 

A sua fortaleza é visível, e até parece que está escrito na sua testa onde é o seu ponto fraco...

Parece que os homens nasceram sabendo o lugar certo de te machucar profundamente.

Mas não se engane... É você quem deixa isso transparecer...

Ei, garota! Nem pense em mudar... A mudança não acontece quando a gente quer... A mudança acontece naturalmente e a gente nem percebe...

A mudança é fruto do cansaço.

Ei, garota... Nós sofremos do mesmo mal... 
Temos um ao outro para encher o saco, pra beber, desabafar, reclamar...

A gente já passou por tanta coisa... Mas pensemos que tudo o que nos aconteceu só está preparando a gente pra alguém que realmente nos mereça, pra que cheguemos nessa pessoa, não impecáveis, mas sabendo o que fazer e o que não fazer pra ser feliz com ela e, principalmente, pra não nos deixarmos machucar. 

Então, cada vez que você acordar de mal com a vida, feche os olhos novamente e lembre-se de quem você é, porque isso te fará acordar com ideias diferentes... Porque a garota que eu conheço é forte demais pra se deixar abater por seres humanos... 

Ah! Nós sabemos que os seres humanos não merecem nossas lágrimas!

Eles mataram aquele que veio pra salvar a humanidade. 

Então, diga-me a razão de se surpreender quando um ser humano qualquer nos machuca, nós que não fizemos nada por eles... 

Ei, garota... Nós sofremos do mesmo mal... 
Temos um ao outro para encher o saco, pra beber, desabafar, reclamar...

Não estamos sozinhos...

Rilton Vianna








sábado, 3 de julho de 2010

Autodestruição




A cada dia que passa, eu conheço mais os caminhos tortuosos para onde os meus sentimentos cegos podem me levar. 

Hoje, eu sei que insistir em algo que já está morto é negócio pra quem é espírita, algo que não sou. 

Meu maior lamento é pelas lágrimas que um dia derramei por pessoas que simplesmente não queriam mais o meu amor. Então penso comigo mesmo :

"Qual era o meu problema?".

Depois de tantos tropeços e investidas sem retorno algum, aprendi a deixar ir, sem insistências maiores, aqueles que quiseram partir. Hoje, tudo o que sei é que nunca perdi nada. 

Pensei tantas vezes comigo mesmo : 

"Se alguém que está abrindo mão de alguém como eu - que só amou- , não está sofrendo, por que eu, que não estou perdendo absolutamente nada, deveria sofrer?"  

E foi aí que me convenci que o que eu tenho pra dar é tão enorme, tão puro, que preciso abrir meus olhos e escolher melhor nas próximas tentativas.

Hoje estou feliz comigo mesmo, orgulhoso desse passo que dei. 

Sinto que já sei me defender sozinho, e esse sentimento me inunda de certeza. 

Certeza de que jamais me autodestruirei por ninguém.

Rilton Vianna


segunda-feira, 28 de junho de 2010

O Bosque II



Diga que ele foi embora
E que não pensa em voltar
Diga tambem que ele chora
E que já não vê a hora 

De tamanha dor passar...

O bosque que ele amava
Já não o faz feliz
As canções que ele cantava
Os sonhos que ele sonhava

E tudo o que ele sempre quis...
Agora já não existe
Tudo desapareceu
O seu sentimento resiste
Mas o destino desiste
E outro amor ele perdeu...

Caminha agora vazio
Não tem pretensões de sonhar
Almeja tanto ser frio
Pra fugir do destino sombrio

De outra vez se machucar...

Mas no fundo uma certeza
De que tudo terminará
Ele achará o caminho de volta
Uma saída, uma porta

E saberá se levantar.

Rilton Vianna












sexta-feira, 25 de junho de 2010

Guarde consigo...



Então eu peço que guarde consigo
Todo o bem que um dia eu te fiz
Porque aqui guardo comigo
Aquilo que era abrigo:

O sentimento que você nunca quis

Então eu peço que guarde consigo
Os poucos sorrisos que você me causou
Porque aqui está guardado
Fraco, mas não apagado:

O sorriso que você deixou...

Então eu peço que guarde consigo
As palavras bobas que lhe falei
Lembre quando eu falava ao seu ouvido
Num sussurro, quase gemido:

Estou feliz porque voltei...

 Então eu peço que guarde consigo
A saudade mais doce que conseguir
Porque cá guardo comigo
E até parece castigo

A mais amarga que eu já senti...

Então eu peço que guarde consigo
O nosso último abraço
Porque eu  o guardo comigo
Num cantinho bem escondido

Do meu coração palhaço...

Então eu peço que guarde consigo
O último beijo de nós dois
Que logo após ter sido dado
Eu te falei tão assustado

Que poderia não haver outro depois...

Então eu peço que guarde consigo
A melhor lembrança que de mim houver
Eu não serei o seu amigo
Mas sempre que estiver em perigo

Estarei onde você estiver...

Rilton Vianna









quinta-feira, 24 de junho de 2010

O que a vida quis me ensinar desta vez...


Deve haver uma razão plausível pra tudo o que acontece em nossa vida...

De repente, está tudo no lugar de novo, e você nem sequer sabe como.

Belas flores sem aroma de nada servem no seu jardim, a não ser para enfeitá-lo. E essas flores logo serão substituídas, porque você se cansa daquilo que é bom para os seus olhos, mas que não te engrandece. 

No entanto, as flores mais perfumadas, estas serão cultivadas.

Não me pergunte no que acredito, o que almejo, o que planejo... Porque, quando meu coração dá defeito, o meu cérebro compartilha essa dor e minha vida fica sem rumo certo. 

Eu não ficarei mais fraco, mais triste, mais machucado. 
Fim da linha.  
Estacionei aqui e não passarei disso.

Acho que vou me levantar de novo, mas, por enquanto, me deixe aqui no chão, tentando adivinhar o que a vida quis me ensinar desta vez... 

Rilton Vianna




terça-feira, 22 de junho de 2010

É que se até os sonhos acabam, que dirá as ilusões...

Eu pensei que não, mas mais uma vez eu ouço os anjos chorarem a minha causa.

Não, eu não tenho nenhuma estratégia...
Nem de onde tirar forças pra me reerguer.


Me assusta agora o fato de que só depois de um longo tempo é que ficarei bem.


Sei que essa ferida ficará aberta, até que outros sofrimentos tratem de apagá-la dia após dia.


Não tenho ânimo pra sentir ódio ou inventar mil razões michas pra me convencer que você, de fato, não me faria feliz.


Ainda não inventaram uma forma fácil de cortar laços com quem se ama, nem uma forma de esquecer isso rapidamente. 


Estou anestesiado. 


Nada sinto a não ser uma sufocante escuridão dentro de mim a me afrontar.


E lá vamos nós de novo esquecer músicas, fotos, mensagens, lugares, perfumes, nomes...


São coisas que eu já sei fazer. 


Eu nunca previ o futuro. É que, desde o início, eu já sabia como isso terminaria, e, principalmente, que terminaria...


Rilton Vianna

terça-feira, 15 de junho de 2010

Ah, não me leve tão a sério
E nem vá me entender errado
Sou só um bobo apaixonado
Que não consegue fazer mistério

Nem mesmo quando está calado...

Rilton Vianna

Que esse vento me leve...

-->


Estou procurando não me preocupar demais com coisas pequenas. Eu me sufoco facilmente e, muitas vezes, nem vale a pena perder o sono assim...

Às vezes, eu calo pra não me arrepender. 
No momento estou aprendendo a acorrentar algumas verdades pra despejá-las no momento ideal. 

Não estou mais a fim de correr riscos, de fazer loucuras, de correr contra o tempo, de remar contra a maré, etc., porque a gente aprende, depois de certo e sofrido tempo, que o que Deus reservou pra nós vai estar ali nos esperando, e tudo, enfim, conspirará para que o encontro de nós com o que queremos aconteça.

Eu quero ter o prazer mais uma vez de me sentir intensamente livre por estar intensamente preso a alguém...

Não sei se nasci para o amor, mas, com certeza, ele não nasceu pra mim. E, embora eu não só esteja como seja convicto disso, ainda não perdi as esperanças de a vida me mostrar que estou estupidamente enganado... 

Não deve ser pecado, não é? Na vida, pelo menos uma pequena esperança e uma grande ilusão todos nós carregamos. E as minhas são essas.

Ah... mas vou deixando que esse vento me leve, já que não tenho nenhuma estratégia em mente, nem de fuga, nem de reação

O que vier é lucro, o que faltar é costume...

Só sei que não tenho mais a pretensão de pedir um amor pra vida inteira... 

Rilton Vianna


sábado, 5 de junho de 2010

Do que estou falando



Quando eu mostrar a minha cara
Vão saber do que estou falando
Quando eu gritar, rasgar segredos
Detalhar e espalhar seus medos

Que agora estão me assustando...

Aí o tempo vai ser curto demais
Espero que esteja prestando atenção
Porque às vezes eu volto atrás
Mas dessa vez esse rapaz

Está ouvindo a confusão...

Fingem que não me escutam, é verdade
Fingem que não estão me vendo, tudo bem
Mas um dia tudo será saudade
Daquela realidade

Que por enquanto a gente ainda tem...

Mas eu quero deixar bem claro
Que chato ou não, estou aqui
E se acham que esse desamparo
Não vai custar bem caro...

Ah, melhor se prevenir...


Ah, mas quando eu tomar jeito
E acho que já estou tomando
Esqueço o que tenho no peito
Perco o controle e o respeito

E saberão do que estou falando...

Agora estou farto de tudo
De me esforçar e não ter retorno
Para mim, este é o maior absurdo:
Quando é que vão entender que no mundo

Pra quem é quente não basta ser morno? =x

Rilton Vianna


quarta-feira, 2 de junho de 2010

Mais um membro



Vou me enroscar em tuas pernas
Entranhar na tua pele
Ser mais um membro no corpo seu

Vou me misturar com o teu cheiro
Me perder na tua essência
Já não quero ser mais meu

Vou falar no seu ouvido
Tudo aquilo
Que não se pode dizer

Te provocar...
Fazer seu jogo...
Te assistir enloquecer

E de mansinho
Vou chegando
Conquistando território...

Bem de leve...
De vez em quando...
Frequentemente...
Aleatório...

Estou
Entrando na sua vida
Agarrado à sua cintura
Meus desejos se desvanecem
Misto de medo...
e de ternura...

Mas não vou parar agora
Já joguei todos os dados
Mas, baby,
Vê se não demora
Tá ficando tarde
E eu ...
Cansado...

Rilton Vianna












quinta-feira, 20 de maio de 2010

Nova versão




E quem disse que eu precisei jogar sujo pra chegar até aqui?
Foi com meu jogo de cintura que aos poucos eu ganhei
Você não vai me encontrar chorando como tantos por aí
Porque o meu poço de lágrimas, acredite, já esgotei

O sofrimento que aqui morava
Nem mesmo eu sei pra onde se mudou
Não deixou bilhete, e-mail ou carta
Dormiu do meu lado, mas não acordou

A pressa do meu caminhar
Até isso deixei de lado
Pois cansei de me cansar
De andar e ficar parado

Então não me compare
Com aquilo que já fui um dia
Hoje sou nova versão, repare
Não é conversa de poesia

Rilton Vianna








domingo, 16 de maio de 2010



Eu quero me perder de ti quando não estiveres te encontrando... 
Quero ser o teu abrigo, mas não a tua saída quando estiveres buscando explicações pras tuas dores. 
Talvez eu não precise estar por perto, talvez eu não precise dizer nada... Mas eu adoraria te dar meu ombro quando tu não estivesses mais suportando...

É engraçado como tudo acontece, mas é surpreendente como tudo para de acontecer de uma hora pra outra. E como isso é algo que acontece frequentemente em minha vida, eu prefiro tentar prever os fatos e me surpreender quando eu estiver totalmente enganado. 

E tem dado certo.

Eu não tenho sido um bom garoto, e talvez eu receba uma lição por isso. 

Não estou pronto, mas não estou com medo.

Eu já disse uma vez que não acredito em destino, acredito nos planos de Deus, acredito nas minhas preces, mesmo não tendo eu muita fé. Mas o que tiver de ser será. 

Só peço a Deus que me poupe da perda daqueles que amo, pois o que tenho de mais valioso é o amor daqueles que escolhi para fazer parte da minha vida. 

Quanto ao resto... 

Eu acho que posso sobreviver...

Rilton Vianna

sábado, 8 de maio de 2010




Hoje fez tanto frio aqui dentro de mim...
Eu olhei ao redor e só encontrei a mim mesmo, cheio de saudade e de angústias...
É nesses dias que não te sinto perto de mim que mais me vejo triste.
Eu queria poder estar contigo agora, mas eu não posso. Eu simplesmente não tenho esse poder e talvez nunca tenha tido.
Mas se eu pudesse te olhar nos olhos agora... Eu te daria a minha mão e te diria : "Vem brincar de não ter juízo.Joga tudo pro alto, me dá a mão e me segue pra um lugar qualquer. Porque qualquer lugar deixa de ser um lugar qualquer quando você está comigo."

Tão diferente de agora... 

Porque agora tudo o que sei é que meus olhos estão vendados e minhas mãos, atadas pela promessa que fiz.
A minha esperança é que você esteja lendo isto, para que saiba que, neste exato momento em que estou escrevendo, o meu coração já não se aguenta de saudade, e as lágrimas da falta que você me faz queimam o meu rosto...

Se eu pudesse fazer um pedido, um só que fosse, seria : você aqui comigo num espaço de tempo chamado "pra sempre".

Ah... e essa música que você imortalizou dentro de mim? Ela te projeta de uma forma que quase te sinto.

Então eu fecho os olhos e tento achar que vai ficar tudo bem... Mesmo tendo mil pensamentos tristes que insistem em dizer que você não vai mais voltar. 

E mesmo que você não volte, a lembrança daquele abraço calará pra sempre as dores dentro de mim. O teu cheiro, tuas mãos em volta de mim, tão perto...

Tão diferente de agora...

Eu queria ter dito tanta coisa... Tudo o que guardei até hoje de bom pra te dizer... 

A cada palavra que escrevo, o meu desespero vai aumentando... E sei que este pesadelo só acabará quando você me acalmar com sua voz doce e me disser "vai ficar tudo bem, rapaz."

Não tenho dormido essas noites imaginando como seria ficar sem você de novo e o quanto não estou pronto pra um novo adeus.

Então pense bem... Se você partir desta vez, talvez não me encontre de novo quando olhar pra trás, porque  nem mesmo eu me encontrarei caso isso aconteça.

Rilton Vianna







quinta-feira, 6 de maio de 2010

O Bosque





Veja o Bosque do qual lhe falei
Tantas histórias se escondem por lá...
Já faz tempo mas tudo o que eu sei
É que quanto mais me perco nele menos quero me encontrar

E quantos caminhos me levaram ao mesmo lugar?
Nem me lembro de quantos rios atravessei
E quantas pessoas quiseram me resgatar
Desse Bosque onde me achei?

Quanto mais ando menos quero voltar
Teus mistérios,oh Bosque, me fazem tão bem...
Então não insistam em me resgatar
Do que mais amo como ninguém

E, por via das dúvidas, se lhes perguntarem
De um triste poeta que enfim se perdeu
Entre árvores, florestas, rios e mares...
De um Bosque encantado onde o amor conheceu...
[Continua]

Rilton Vianna



terça-feira, 4 de maio de 2010

Medo meu medo




Medo meu medo meu
Tomastes tu conta de mim
Quando penso que me esqueceu
Esqueceu nada! Estás aqui

Medo meu, meu medo
Estou afundando lentamente
Já era tarde quando parecia cedo
Já estava frio quando parecia quente

Medo meu medo meu
Não sei mais o que fazer
Só porque sabes que sou seu
Não fazes por onde me merecer?

Medo meu, meu medo
Por que insistes em fazer sofrer
O meu amor que já não é segredo
Mas ainda quer te pertencer?

Rilton Vianna







sábado, 1 de maio de 2010

Recupera-me


Recicla-me, reconstrua-me, renova-me
Chegue o mais perto possível do meu eu
Mata-me, ama-me e devora-me
Recupere a parte de mim que você jamais perdeu

Então toma-me, abraça-me e deita-me
Faça tudo o que tiver vontade
Chama-me, ganha-me e então perca-me
Volte quando eu não estiver me aguentando de saudade

Enloqueça-me, mais uma vez e outras vezes mais
Deixa-me pensar que não há mais saída
Sufoca-me, abandona-me nesse pesadelo mordaz
Depois volta sem jeito, mesmo assim volta pra minha vida

Entrega-me tudo o que há de melhor
Injete todo o seu veneno em minhas veias
Infecta-me com o teu amor maior
Prenda-me dessa vez e dessa vez pra sempre em tuas teias.


Rilton Vianna

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Foi como abrir os olhos...



Sabe aqueles planos que a gente fez? Eu ainda não desisti deles. Talvez eu nunca desista.
Só preciso dar um jeito de readaptá-los, agora que você já não faz parte da minha vida.
Por muito tempo eu sonhei com o dia que fosse voltar atrás. E quantas noites eu não sonhei com você perto de mim, como se nada tivesse acontecido? Foram tantas...
Mas o tempo foi passando, e todo aquele sentimento foi escurecendo de tal forma que hoje me sinto mal só em ouvir seu nome. 
Eu nunca te perdoei por ter ido embora de repente. Por ter brincado com o que eu estava sentindo. Por ter jogado com palavras, com gestos. Por ter ido embora da minha vida fazendo com que eu me sentisse num buraco enorme sem possibilidades de escalação.
E eu imaginei tantos motivos pra sua partida. Cheguei a me culpar tantas vezes... 

Mas agora está tudo tão claro...
Aquela escuridão que me cercava já não existe. 
Foi como abrir os olhos!
Quando você partiu sem explicações, me deixou livre pra imaginar o que eu quisesse. 

E o motivo que eu imagino, meu bem,  me enche de náuseas.



Rilton Vianna