Texto idiota20

Eu sou Rilton Vianna ou simplesmente RILTON. Tenho 20 anos e nasci em Aguiar, já ouviu falar?Mas já não moro mais por lá.


Levo uma vida idiota embora vários idiotas me digam que outros idiotas queriam ter essa minha vida idiota, como se eu não soubesse que esses idiotas que vêm me dar conselhos idiotas também levam uma vida idiota e também ouvem vários idiotas mais idiotas do que eles dizerem que outros idiotas queriam ter suas vidas idiotas.

Como tudo isso é idiota, não? Eu acho.


Minha vida é idiota, mas eu não desejo e espero não desejar a vida de outros idiotas pouco menos idiotas do que a minha. Afinal, eu me transformaria num conselho idiota na boca de outros idiotas que certamente me dariam a outros idiotas.


Rilton Vianna







terça-feira, 21 de junho de 2011

Na dor, todos nós nos encontramos



Na dor, todos nós nos encontramos: parentes, amigos, colegas, conhecidos e até estranhos. 

Estranhos como eu, que se importam e parecem se importar bem mais que os ditos "melhores amigos" de hoje em dia.

Não se perguntem mais "até quando", porque todas as vozes se calam diante de coisas assim.

Quando eu me calo, é a voz da dor que ouço ecoar pelas ruas desta cidade. 
Ouço gritos que clamam que sonhos não se percam de forma tão trágica.
Gritos que exigem uma explicação que sequer existe.
No fim, lágrimas que representam a falta de respostas. 

Lágrimas e dores que nasceram naqueles que não sabem como seguir em frente.

Se dói em nós - que somos os ditos "estranhos"-,  não sei como nomear o que sentem aqueles que eram mais próximos, porque não pode ser apenas dor, pesar... é algo além daquilo que ousamos tentar imaginar.

Pedir pra que se conformem seria, no mínimo, desrespeitoso.

Chorem, lamentem.

A tristeza não irá passar. Ela não deve passar! 

A tristeza irá garantir a permanência de sua existência dentro de cada um de nós:  parentes, amigos, colegas, conhecidos e até estranhos.

Estranhos como eu, que se importam.

Afinal, na dor, todos nós nos encontramos.

RiltonVianna

Postagem referente ao assassinato de Renato Torres.






sexta-feira, 3 de junho de 2011

Nem todo dia faz sol



Não é todo dia que consigo ver o sol. 

Ultimamente, tem chovido bastante...

Mas aqui, acolá, dá pra ir levando. 

Sendo mais triste que feliz, admito, mas se é assim que tem que ser: só me resta dançar conforme a música.

Não tenho tempo a perder e sequer chego a me importar com o resto das coisas que não me fazem feliz, sejam essas coisas politicamente corretas ou não. O que não posso é deixar passar o mínimo detalhe que possa contribuir para a formação de um sorriso meu.

Dias tristes são dias comuns. Dias como o de hoje chegam a ser raros e não podem ser riscados do calendário, comparando-se aos demais.

Sei que amanhã poderá ser um dia comum, por isso, o hoje é tudo o que importa pra mim agora. 

Afinal, nem todo dia faz sol. Às vezes, chove...

RiltonVianna