Texto idiota20

Eu sou Rilton Vianna ou simplesmente RILTON. Tenho 20 anos e nasci em Aguiar, já ouviu falar?Mas já não moro mais por lá.


Levo uma vida idiota embora vários idiotas me digam que outros idiotas queriam ter essa minha vida idiota, como se eu não soubesse que esses idiotas que vêm me dar conselhos idiotas também levam uma vida idiota e também ouvem vários idiotas mais idiotas do que eles dizerem que outros idiotas queriam ter suas vidas idiotas.

Como tudo isso é idiota, não? Eu acho.


Minha vida é idiota, mas eu não desejo e espero não desejar a vida de outros idiotas pouco menos idiotas do que a minha. Afinal, eu me transformaria num conselho idiota na boca de outros idiotas que certamente me dariam a outros idiotas.


Rilton Vianna







quinta-feira, 29 de abril de 2010

Foi como abrir os olhos...



Sabe aqueles planos que a gente fez? Eu ainda não desisti deles. Talvez eu nunca desista.
Só preciso dar um jeito de readaptá-los, agora que você já não faz parte da minha vida.
Por muito tempo eu sonhei com o dia que fosse voltar atrás. E quantas noites eu não sonhei com você perto de mim, como se nada tivesse acontecido? Foram tantas...
Mas o tempo foi passando, e todo aquele sentimento foi escurecendo de tal forma que hoje me sinto mal só em ouvir seu nome. 
Eu nunca te perdoei por ter ido embora de repente. Por ter brincado com o que eu estava sentindo. Por ter jogado com palavras, com gestos. Por ter ido embora da minha vida fazendo com que eu me sentisse num buraco enorme sem possibilidades de escalação.
E eu imaginei tantos motivos pra sua partida. Cheguei a me culpar tantas vezes... 

Mas agora está tudo tão claro...
Aquela escuridão que me cercava já não existe. 
Foi como abrir os olhos!
Quando você partiu sem explicações, me deixou livre pra imaginar o que eu quisesse. 

E o motivo que eu imagino, meu bem,  me enche de náuseas.



Rilton Vianna

terça-feira, 27 de abril de 2010

Isso e aquilo.



Eu vivo de colecionar amores, de provar sabores, de experimentar
Vivo de correr atrás, de não deixar pra trás, de sempre lutar

Sou atleta, sou poeta, eterno aprendiz
Sou meia verdade da realidade, daquela realidade que não me quis.

Eu sou sonho, sou ilusão, sou impossível
Sou amável, estimável, imprevisível

Sou a flecha, sou a pedra, sou a morte
A alegria, a tristeza e a falta de sorte

Sou a honestidade, simplicidade, sou arrogância
Sou maduro, sou esperto, mas sou criança

Sou amor, sou amizade, sou os dois num só
Quando bravo, sou rancor, sou vingativo, e tudo o que houver de pior

Sou Paraíba, sou Brasil, sou lugar nenhum
Sou este, sou aquele, mas não sou qualquer um.

Sou tudo dentro de um grande nada
Na preocupação de me decifrarem, esqueceram-se de si
Sou dia, sou noite, sou madrugada
E tudo que ainda hão de ler por aqui.


Rilton Vianna







sexta-feira, 23 de abril de 2010

Não agora ...




Não, eu não posso deixar que você destrua o meu castelo de areia toda vez que você bem entender...
Não agora que eu estou quase sentindo o chão de novo.
Não agora que o mundo, aos poucos, está deixando de ser preto e branco...

As minhas lágrimas estão fazendo com que meu castelo fique inconsistente, assim, toda vez que o vento das suas lembranças sopra, o meu castelo se desfaz um pouco mais... E isso está provocando em mim grandes transtornos. 

Preciso de um plano antes que tudo se perca novamente, e já foi tão doloroso chegar até aqui ...

Rilton Vianna

Algumas coisas que você precisa saber antes...

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Não tente invadir o meu espaço se não tiver todas as armas necessárias pra me render.
Jogue sujo comigo e verá que, de pessoas como você, eu costumo ler pensamentos.
Tente esconder cartas na manga e descobrirá que meu baralho agora é outro, em um novo jogo  no qual agora EU sou aquele que dá as cartas.
Mas não fuja ainda.
Existem coisas que precisam ser ditas. 
Não, não é nada que eu já não tenha falado antes, eu só quero refrescar sua memória e te lembrar quem foram os vilões e os mocinhos daquele nosso filme. 
Então, baby, não banque a vítima agora, porque você não vai me convencer com seu rostinho bonito de que estou sendo duro demais. Eu sei dos meus rancores e feridas. E sei que você sabe que merece sofrer. E sei, ainda, que você vai se lembrar de mim em cada lágrima que o amor te fizer derramar.

Rilton Vianna


terça-feira, 13 de abril de 2010

Vazio




Eu não sei em quantos pedaços fiquei depois de tudo o que já me aconteceu. Mas está nos meus planos reunir cada um de novo.
Aos poucos, estou me fortalecendo e já estou quase sentindo o chão outra vez. 
É duro olhar pra trás e assistir a todo um filme que terminou mal. Por isso, estou tentando escrever um novo roteiro sem me basear em coisas que já aconteceram comigo. Quero a inocência de novo. Quero a inexperiência. Quero me permitir sonhar mais uma vez como eu costumava fazer... Quero até me iludir de novo, se for o caso. 
Eu só não posso é continuar vazio como estou. Andando sem ter pra onde. Olhando não sei pra quem. Sonhando não sei com o quê.

Rilton Vianna

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Caminhos


Por onde você andou esse tempo todo? 
Memorizou ao menos o caminho? 
Tem caminho de volta?

Eu me perco, às vezes, quando fecho os olhos e penso em como já tive tudo nas mãos um dia.
E ora me orgulho por não ter feito nada para merecer perder o que fazia mais sentido pra mim, ora lamento não ter feito nada pra merecer, pois ao menos haveria um motivo.

Eu aprendi a ver as coisas com outros olhos.
Eu aprendi a dizer as coisas certas.
Eu, finalmente, aprendi que não errar é um erro. 

Só me resta aprender a errar, para que a minha vida comece a dar certo, quem sabe...
Toda tentativa de felicidade deve ser válida.
Todo ato de amor deve ser honestamente reconhecido. 
Até mesmo os mais insanos dos gestos têm seus méritos.

Eu não sei por onde tenho andado. Decerto me perdi mais uma vez com meus olhos fechados.
Caminhei no escuro, nem lua havia, logo não sei por onde vim.
E, talvez, até tenha um caminho de volta, mas eu me recuso a olhar e/ou andar pra trás, pois
algo me diz que o que me fará feliz está ainda por vir, está me aguardando, logo mais, no decorrer do meu percurso por este caminho chamado "vida".

Rilton Vianna